7 possíveis causas para fadiga do motorista

A fadiga do motorista é um problema na sua transportadora ou embarcadora? Saiba que não é uma questão exclusiva da sua operação. Leia este post até o final e descubra algumas possíveis causas para a fadiga e como diminuir as ocorrências desse tipo entre os seus colaboradores.  

Segundo o dicionário Priberam Online, ‘Fadiga’ significa “cansaço que resulta de um esforço qualquer (ex.: fadiga física; fadiga mental”. Quando falamos de operações de transporte de carga, o termo ‘Fadiga’ carrega um peso maior. Segundo pesquisa da Associação Brasileira de Medicina de Tráfego (ABRAMET), 60% dos acidentes são causados por fadiga do motorista, sono e desatenção. 

A fadiga do motorista é caracterizada por desconforto físico, caibras, pensamentos desconexos ou dispersos, falta de atenção, piscadas longas e/ou bocejos frequentes. Ao se perceber nesse estado, o ideal é que o motorista pare o caminhão para realizar um período de descanso. Entretanto, as condições da viagem, prazo de entrega da carga, entre outros, podem impossibilitar a realização da parada, causando acidentes mais tarde.  

Algumas causas comuns para isso são noites mal dormidas, sobrecarga de trabalho, turnos alternados e uso de medicamentos. Além disso, podem interferir na condição do motorista situações mais simples como refeições pesadas antes do início da jornada, até condições de saúde complexas como quadros de ansiedade e depressão.  

Em operações complexas, o mais aconselhável é contar com uma solução de monitoramento de fadiga e desatenção. Para conhecer nossa solução, acesse a página Monitoramento de fadiga e desatenção Maxtrack. Agora, confira na nossa lista mais detalhes sobre as causas da fadiga do motorista e recomendações para evitar cada uma delas! 

Causas-para-fadiga-do-motorista

1 Noites mal dormidas aumentam a probabilidade de fadiga do motorista  

Dormir mal traz diversos malefícios, tais como falta de concentração, maior propensão à erros e esquecimento de como executar tarefas simples. Além disso, aumenta os níveis de estresse e ansiedade, podendo causar ataques de raiva ou de tristeza. Portanto, apenas uma noite de sono insuficiente pode resultar em fadiga do motorista e, consequentemente, acidentes. 

A recomendação é dormir a quantidade de horas necessárias ao seu corpo. Segundo matéria da CNN Brasil, a demanda de cada pessoa por horas de descanso pode variar, mas o ideal é que permaneçam entre sete e nove horas por noite.  

2 Uso de medicamentos que causam sonolência 

Existem diversos medicamentos que têm como efeito colateral maior sonolência e desatenção, desde relaxantes musculares até antidepressivos. Por isso, é importante se atentar à bula e seguir suas recomendações. Na maioria das vezes, pacientes podem dirigir sem problemas, mesmo medicados. Entretanto, deve-se conversar com o médico sobre os riscos de cada fármaco específico. 

Em caso de medicamentos de uso contínuo, é possível conversar com o profissional responsável para ajuste de dose, adaptação do horário de ingestão ou até troca de fármaco para outro que cause menos efeitos colaterais. 

Leia também: Sua frota mais segura: conheça a Torre de Fadiga.  

3 Sobrecarga de trabalho 

Seja por necessidade de cumprimento de ordem de serviço ou por questões financeiras, alguns condutores profissionais podem ultrapassar 14h de direção diária, extrapolando o limite de 8 a 10h recomendadas, afirma o vice-presidente da ABRAMET, Ricardo Hegele, em entrevista para o Estadão.  

Somada à privação de sono e excesso de trabalho, é comum que esses motoristas utilizem de “manobras” para manterem-se acordados por mais tempo como aumentar o volume da música, abrir os vidros, tomar café, chá ou energéticos. Essas estratégias não têm eficácia comprovada e, agravando a situação, ainda provocam um efeito rebote.  

O aconselhado é manter-se dentro de uma jornada de 8 a 10h diárias, realizando pausas a cada duas horas e, em caso de sensação de fadiga, realizar a parada do veículo para descanso. Além disso, como vimos nos parágrafos anteriores, manter uma rotina de sono de sete a nove horas por noite e se atentar à possíveis efeitos colaterais de remédios. 

4 Turnos alternados 

Os chamados turnos alternados são aqueles nos quais os colaboradores desempenham suas funções em horários diversificados entre os horários vespertino, matutino e noturno. Em teoria, os turnos alternados se propõem a evitar o desgaste do profissional. Entretanto, quando se trata de direção e fadiga, ele pode ser um dos vilões da história. 

Falta de rotina de sono, necessidade de adaptação constante à horários e carga horária extensa são propícios a gerar ocorrências de fadiga do motorista. Uma das soluções possíveis é a contratação de maior número de profissionais e adaptar os turnos de acordo com a realidade dos colaboradores, visando identificar seus períodos mais ativos e incitando os espaços corretos de descanso.  

5 Pressão na realização de atividades 

Além das questões de sobrecarga de trabalho, existe a pressão na realização de atividades. Como todo motorista deve saber, as condições de circulação das vias, meteorologia ou imprevistos dos mais diversos podem interferir na duração de uma viagem. Quando pensando para transporte de carga, atrasos têm um impacto muito diferente de viagens à passeio ou mesmo de deslocamento para o local de trabalho.  

Por isso, motoristas profissionais podem se sentir sob pressão e ter dificuldade para relaxar em momentos de lazer, o que dificulta o descanso e prejudica a qualidade das suas noites de sono. Má alimentação e privação de sono contribuem para essa sensação de pressão, tendendo até a sintomas de estresse e ansiedade.  

Deixar claras as políticas da empresa e como agir em situações de adversidade – priorizando sempre a segurança – pode ser uma ação positiva para aliviar a pressão dos colaboradores e diminuir os casos de fadiga do motorista na sua empresa.  

6 Refeições pesadas propiciam fadiga do motorista  

Pode parecer óbvio, mas se alimentar em excesso antes de iniciar a jornada de trabalho pode provocar eventos de fadiga ao volante. Enquanto realiza a digestão, o cérebro humano fica menos oxigenado e a circulação sanguínea se concentra mais na região do estômago. Dessa forma, o sistema nervoso central fica menos ativo, diminuindo a transmissão de sinais de alerta ao organismo. O resultado é uma sensação de sonolência e diminuição dos reflexos. 

A solução é fazer refeições mais leves, que não sobrecarreguem o sistema digestivo e permitam que o motorista permaneça alerta durante o trajeto. Também há a possibilidade de oferecer aos colaboradores prazos maiores para realizar as refeições e descansar antes de continuar a jornada.   

7 Função repetitiva 

Por definição, trabalho repetitivo é uma função monótona que envolve poucas tarefas, com movimentos similares que se repetem com frequência. Trabalhos de função repetitiva, como é o caso da direção, estão mais propícios a consequências como cansaço, desatenção e até Lesão por Esforço Repetitivo (LER).  

A dica para diminuir a fadiga do motorista devido à tarefa repetitiva é organizar a rotina de modo a atuar nos horários de maior atividade – por exemplo, se o motorista se sente mais ativo de manhã, priorize que suas rotas sejam programadas para este horário –, sentar-se corretamente, manter uma rotina de exercícios físicos e descansar corretamente.  

Conscientização e acompanhamento são a solução para zerar acidentes com fadiga do motorista 

Eventos de fadiga são sempre de complexa tratativa e precisam de atenção individualizada, tanto para proceder de forma correta quanto ao ocorrido quanto para evitar reincidência agindo em cima da causa correta. Caso o motorista tenha fadiga devido à má qualidade do sono, proporcionar tratamento adequado para esse sintoma. Caso o motivo tenha sido sobrecarga de trabalho, procurar diminuir as horas trabalhadas por dia e aumentar as horas de sono por noite.  

Dessa forma, é possível proporcionar maior qualidade de vida e condições de trabalho para o motorista e, consequentemente, diminuir os acidentes causados por fadiga do condutor nas estradas.